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Atividade física x Riscos para o feto

A prática de exercício físico é comprovadamente benéfica para o bom desenvolvimento do feto, porém se realizada de forma incorreta e sem orientação pode acarretar riscos. Deve-se ficar atenta a situações onde a intensidade do treino é muito alta, pois pode criar um estado de hipóxia para o feto, em situações em que haja risco de trauma abdominal e hipertermia da gestante. Isso tudo pode gerar estresse fetal, restrição de crescimento intrauterino e prematuridade.

Alguns estudos apresentam evidências de que a prática de atividade física durante a gravidez, em condições de intensidade moderada, pode aumentar o peso do bebê ao nascer. Já os exercícios mais intensos e com maior frequência, podem resultar em crianças com baixo peso.

A temperatura elevada também é prejudicial, temperaturas acima de 39ºC podem resultar em defeitos no fechamento do tubo neural, o que ocorre por volta do 25º dia após a concepção. Embora os estudos apresentados na literatura não apresentem resultados significativos quanto a esta situação, o mais indicado é evitar situações em que resultem a hipertermia da grávida, durante o primeiro trimestre de gravidez.

Já no período de amamentação, os exercícios leves e moderados não apresentam alterações na quantidade ou composição do leite materno, claro, uma vez que a ingesta calórica e hídrica da mamãe se mantenha nos níveis de regularidade. Sendo assim, os exercícios neste período não afetam o crescimento e desenvolvimento do bebê.

Antes de ingressar em qualquer programa de exercícios físicos, deve-se ter em mãos um atestado médico liberando para a prática e levar em consideração alguns pontos importantes que podem apontar uma contraindicação à prática. Os treinos são contraindicados em mulheres com as seguintes complicações:

  1. Doença miocárdica descompensada

  2. Insuficiência cardíaca congestiva

  3. Tromboflebite

  4. Embolia pulmonar recente

  5. Doença infecciosa aguda

  6. Risco de parto prematuro

  7. Sangramento uterino

  8. Isoimunização grave

  9. Doença hipertensiva descompensada

  10. Suspeita de estresse fetal

  11. Paciente sem acompanhamento pré-natal

  12. Em alguns casos, as contraindicações podem ser relativas, como é o caso da:

  13. Hipertensão essencial

  14. Anemia

  15. Doenças tireoidianas

  16. Diabetes mellitus descompensada

  17. Obesidade mórbida

  18. Histórico de sedentarismo extremo

Se você, gestante, não apresentar nenhuma dessas condições fique tranquila quanto a prática. Apenas respeite e considere as situações nas quais se deve evitar para que o crescimento do seu bebê não se prejudique, e bom treino!

Kamila Mafra

Profissional de Educação Física e Consultora da Curves

CREF 015534-G/SC

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