Alergologista comenta sobre condição da pele; dentre os adultos afetados, 73% são mulheres
A dermatite atópica (DA) é uma doença inflamatória cutânea crônica, recorrente, que afeta entre 15 e 20% das crianças e 2 e 3% dos adultos, preponderante em mulheres (73%), segundo publicação oficial da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Alguns casos com início na infância e persistência da doença até a idade adulta (10 a 30%) tendem a ter história de atopia. No entanto, quando a DA se apresenta pela primeira vez na idade adulta, pode não haver tal associação e o diagnóstico geralmente é mais complexo. Alergologista pelo São Cristóvão Saúde, Dr. Ricardo Queiroz explica que a doença é “caracterizada por ressecamento e coceira intensos, além de feridas na pele”.
Dentre os estímulos para o surgimento da dermatite, o especialista destaca inalantes, alimentos, produtos químicos ou insetos.
Sintomas graves e tratamento
Ainda de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, formas graves da doença foram apresentadas em apenas de 0,3% dos pacientes. “A alergia é considerada grave quando não responde ao tratamento usual. São considerados estágios agravados da doença quando os eczemas atingem várias áreas do corpo e o indivíduo não responde ao tratamento, sendo considerada de origem emocional. Além disso, fatores climáticos e condições como calor e suor podem agravar o quadro alérgico”, salienta Dr. Ricardo. “No caso de dermatite atópica, a sudorese tende a piorar o quadro”, complementa.
Além dos sintomas no corpo, podem ocorrer prejuízos na qualidade de vida do paciente, dentre eles:
Prejuízo na qualidade do sono, devido à coceira intensa;
Baixo rendimento escolar ou profissional, devido ao desconforto do prurido e falta de sono adequado;
Problemas sociais e de relacionamento, devido ao impacto estético na pele.
“O tratamento inicia-se se com pomadas de corticóides, retinóides e anti histaminicos orais. Caso não responda, pode-se utilizar fototerapia e imunossupressores em baixa dose, podendo chegar a imunobiológicos, como extremo do tratamento”, finaliza o alergologista do São Cristóvão Saúde.
Caso suspeite dessa condição, é essencial procurar auxílio de um alergologista, para assim receber orientações sobre a condução e tratamento adequados ao seu caso. Não é indicado seguir dicas encontradas na Internet para alívios de coceira, pois podem agravar o problema ou abrir feridas na pele.
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