Olá mamães, tudo bem? Neste post vou falar um pouco sobre a famosa birra, que acomete, se não todas as crianças, mas com certeza a sua maioria.
É inevitável e sabemos que faz parte. Esta fase é normal no desenvolvimento das nossas crianças, mas muitas vezes, ficamos sem saber como lidar, não é mesmo?
Quando o nosso filho resolve de repente gritar, se jogar no chão, ter o seu momento de birra em locais ou momentos digamos não apropriados?! … podemos sentir da vergonha à raiva, passando pela vontade de rir.
Podemos ficar estáticos pensando “O que faço agora?” Rs, normal!!! Lidar com a birra não é fácil, mas é inevitável e a palavra-chave é Calma, muita calma nesta hora. 🙂
Minha filha está com 3 anos e tem seus momentos de birras. Super normal! E nós mães e pais, e educadores, quem está cuidando da criança no momento da birra tem que ter paciência, pois mais uma vez é inevitável e Super normal! E isso vai acontecer com ela e qualquer criança, nas mais diversas idades.
O principal fator para a birra é o tão inesperado “Não” que é essencial e fundamental para qualquer criação/ educação e desenvolvimento emocional, de caráter, limites do nosso filho enfim. O “Não” é tão importante, e quando achamos que devemos dizer “Não”, temos que dizer “Não” e ponto final. Pois é isso que ajudará no crescimento do nosso filho, na formação, no desenvolvimento, mas é exatamente neste momento de frustração que poderá vir a famosa birra.
Neste momento, no momento do “Não”, o start é dado e a birra pode ocorrer, a teimosia entra em ação e a nossa firmeza, paciência e calma deverão estar em equilíbrio para focarmos no motivo do “Não” e não na birra! O nosso tom de voz deve focar no motivo do “Não” e deve prevalecer para suportarmos a birra, sem perdermos o controle, nos mantendo firme na nossa posição, e com calma explicar o motivo do “Não” ao nosso filho.
Quando ocorre a birra, precisamos entender o motivo da birra e apresentar os motivos ao nosso filho que a birra não é legal, etc, etc, para que de uma forma tranquila, sem briga, nossa posição seja compreendida pelo nosso filho e assim ir reduzindo a birra até que se encerre.
Não é fácil, muitas vezes, mantermos a calma, e nem a paciência as vezes está do nosso lado, mas é muito importante mantermos este equilíbrio pois brigar de uma forma muito mais forte ou ríspida, xingar, gritar, não respeitar o seu filho, o famoso “bater de frente” não vai levar a lugar algum na solução para acabar com o momento da birra, não vai ajudar e só vai piorar ainda mais as coisas. Seu filho se estressa e você também.
Uma atitude de desrespeito com o nosso filho, gera também a falta de respeito por você.
Sabemos que o exemplo arrasta, a sua atitude, da forma como você fará, a reação do seu filho será igual ou pior. Se a mãe grita, certo que haverá gritos da mesma forma, pois o que ocorre, e isso é claro, e podemos perceber no nosso dia a dia, é que eles estão observando os seus exemplos, observando o comportamento dos adultos e pessoas que os cercam e estão com eles, na condução de sua criação / educação e sendo a base para o desenvolvimento do seu psicológico/ emocional, caráter, educação e sentimentos.
A birra é super normal, mais uma vez, e temos que entender que faz parte do desenvolvimento, mas devemos saber lidar com ela de uma forma amigável e isso ajudará aos poucos a reduzir e terminar de uma forma muito tranquila. Quando mantemos a tranquilidade e sabedoria para lidar com estes momentos, tudo fica mais tranquilo para mãe e filho.
Significado da birra no dicionário Aurélio: teima, teimosia, obstinação. Ainda temos, irritabilidade, até mesmo raiva em outras fontes de consulta.
Então, é justamente isso, eles reagem a alguma coisa no momento, a uma frustração, pois não tem maturidade para lidar com isso, com o “Não”, com a frustração. Irão forçar uma barra para vencer a posição deles, testar limites, mas temos que com carinho, amor e tranquilidade, manter a calma, respirar, sim vamos contar até 10 (Rs), meditar rapidamente e conversar, respeitando o nosso filho, tentando entender o motivo da birra e explicar, conduzir aquele momento focando no motivo da birra e não na birra em si, no que ele fez.
Explicar que agindo de tal forma não está correto pelo motivo tal, etc. Explicar o motivo de não estar correto. Explicar que se fizer algo, poderá fazer um machucadinho, ou dodói, ou se for algo relacionado à alimentação, poderá fazer dodói na barriga, não ficará forte, poderá ficar doente, enfim, a melhor forma é tentar explicar sempre, conversar, sempre com muito carinho e amor, cuidar par manter, mais uma vez, o equilíbrio e o respeito.
O tom de voz tem que ser calmo e suave neste momento. Claro, é obvio e temos que chamar a atenção sim, e neste momento o tom muda sim, com certeza, mas é um tom de reprovação, sem grito ou grosseria, falta de respeito com o nosso filho, sem alterações do nosso comportamento e em hipótese alguma, bater!!!
Temos que ter a sensibilidade para tentarmos entender o que está ocorrendo, pois pode ser sono, cansaço, ambiente estressante, barulho e se a birra ou manha está ocorrendo e pode estar relacionado a um destes pontos também, esta sensibilidade dos pais e educadores deve estar presente e precisamos atentar para isso. O ideal é conversar com o seu filho em um ambiente que te ajude, tentar não brigar feio, ter o cuidado com o tom, o como falar com o seu filho, principalmente se for chamar a atenção na frente de outras pessoas. Temos que ser gentis mesmo chamando a atenção. Tentar tirar o foco do motivo da birra. Enfim, lidando com as situações de uma forma carinhosa, com calma, paciência e amor, refletirá no seu filho e a reação na maioria das vezes é acalmar e a birra desaparecer.
A Revista Crescer fez uma enquete e 63% dos 158 participantes afirmaram que os filhos fizeram mais birra entre 2 e 4 anos. É nessa idade que as crianças testam os limites dos pais e diante da frustração de um NÃO, sim choram, esperneiam, gritam, se jogam no chão. Como disse, eles ainda não sabem lidar com essa sensação.
Segundo a pesquisa, a birra pode começar já aos 6 meses e só terminar aos 8 anos! Tudo isso depende de como lidamos com a birra, da criação que a família vai dar e outro tanto da personalidade da criança também. Com relação à idade, a orientação para caso seu filho ultrapasse os 6 anos ainda tendo ataques de birra constantes, é melhor procurar a ajuda de um especialista.
Pode ser que ele esteja sofrendo com algum problema ou acontecimento recente. Mudança de casa, de escola, a morte de um parente querido ou de animal de estimação, a separação dos pais e até mesmo a falta de diálogo em casa podem atrasar o desenvolvimento da criança. Essa é uma das formas de ele pedir socorro, segundo a Revista Crescer.
É justamente estas dicas que quero deixar e com minha filha tem funcionado. Minha filha é muito calma,uma criança tranquila, mas claro, tem seus momentos de birras, não muitos, mas acontecem. Quando temos os momentos das birras, seguimos justamente na linha da conversa, em tentar ouvi-la, deixá-la falar ou se expressar, pois no caso da minha filha, já consegue colocar o que gosta ou não, nos mostrar o que quer, sente ou está sentindo.
Este conforto, e manter uma firmeza, um tom equilibrado ajuda e ela percebe que não nos atinge com a birra, transmitimos confiança, carinho e um ambiente calmo para ela se acalmar e o sucesso é atingido.
Converse, com calma, mantendo um tom calmo, carinhoso, pois bater de frente, gritar e perder a cabeça não ajudará em nada! Foque no cuidado da conversa, e mais uma vez, não foque na birra em si, mas no motivo da birra.
O que fez com que o seu filho agisse assim? Avaliar toda a situação do momento, os pontos e com muita sensibilidade, tentar entender e no caso da minha filha, conversamos, e vamos tentando chegar a um acordo. Vou tentando entender o que pode estar ocasionando este momento de birra. Pode ser cansaço, sono etc etc.
A ideia é negociar, claro levando em conta a idade da criança. Vai dar certo! Mas, se não tivermos o sucesso naquele momento da birra, da forma como gostaríamos, a birra continuar, novamente, mantenha a calma, respire e recomece suas avaliações e negociações. Mas, sempre, paciência, carinho e amor 🙂 Pois o reflexo a nossa atitude será exatamente igual. Calma!!! Paciência!
Somos o modelo para o nosso filho !
Pontos em destaque:
• Calma!
• Paciência!
• Não grite. Explosão dos pais, jamais! Nenhuma criança compreende e suporta!
• Nunca, jamais, bata no seu filho, nunca!
• Desvie o foco da criança. Como ela está nervosa, evite bater de frente, tente acalmá-la e conversar em um ambiente mais calmo ou quando perceber que ela já está mais calma. Melhor falar menos e agir mais. Segundo pesquisas, até os 5 anos, a criança não consegue manter a concentração nas palavras por mais de 30 segundos.
• Quando perceber que ela se acalmou, dê um abraço bem gostoso para mostrar a ela que está tudo bem! Aquele abraço firme/ forte de segurança! E o melhor sorriso que uma mãe e um pai pode dar 🙂
• Rotina: saber a rotina é importante, o que pode e não pode. Dá segurança e afeto. Organização na família !
• Valorizar o NÃO é importante. Segundo especialistas, e a pesquisa da revista Crescer: “Crianças que nunca são contrariadas acabam se tornando adultos irritados, agressivos e até infelizes. Afinal o mundo não dará somente o sim incondicional que os pais sempre disseram”, explica a psicanalista infantil Anne Lise Scapaticci. E justamente por seus bons efeitos, a palavrinha não deve ser desperdiçada em situações completamente desnecessárias. Quando usado sem moderação, o não perde força e convida à desobediência.
• Castigo Não adianta punir crianças menores de 2 anos. Elas não têm maturidade suficiente para perceber que fizeram uma coisa errada, muito menos que estão pagando por isso. Mas, por exemplo, se ela joga um brinquedo no chão ou em alguém e você tira o brinquedo, já pode ser um castigo para ela. Quando a criança é maior, vale excluir algo importante para a criança, como o clássico “ficar sem TV”. “Castigos, quando bem aplicados, atendem ao senso de justiça que todas as crianças têm. A falta de punição, pelo contrário, as desorienta. Um olhar quieto e sério para um filho é um tipo de punição particularmente eficaz. O objetivo da punição é incomodar”, afirma o psicanalista Francisco Daudt da Veiga. Fonte: Crescer
Para ser educativo, a criança precisa entender a relação entre o que fez e a consequência. A punição deve acontecer no mesmo momento, pois as crianças têm uma visão imediatista: ainda não aprenderam a pensar a longo prazo. Ou seja, depois de algum tempo, não sabem por que estão sendo castigados, esqueceram da birra e da importância que demos a ela.
E não é muito repetir: não estamos falando de palmada, beliscão ou tapa. Isso tudo está mesmo fora de cogitação! Não bata, nunca!
Quem escreveu? Mamãe Karin, fundadora do MamãeBox
Fonte: Experiência na maternidade e Revista Crescer
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