O ginecologista e obstetra, Dr. Domingos Mantelli, apoia a ideia de que todas as vacinas devem ser aplicadas antes do início da gravidez, para não prejudicar mãe e filhos.
A gravidez exige uma série de restrições a medicamentos, alimentos e práticas para proteger a formação do feto e o desenvolvimento saudável dos bebês. Quando o assunto é vacina, muitas mulheres ainda têm questionamentos sobre a melhor forma de proteger a saúde pessoal e saúde dos filhos durante a gestação.
“As mulheres em idade fértil e que desejam engravidar devem preparar o corpo para a chegada dos bebês”, diz o médico.
Mas se a gravidez pegar a mulher de surpresa, algumas recomendações são cruciais para uma gestação livre de problemas. Segundo as normas de Assistência Pré-Natal, do Ministério da Saúde a única vacina recomendada indistintamente para todas as gestantes é a dupla tipo adulto (dT), que visa imunizar contra o tétano e difteria. Eventualmente poderá ser substituída pela Antitetânica isolada (TT). Objetivo principal dessa vacina é evitar o tétano neonatal.
Em casos de risco, também podem ser recomendadas as vacinas contra Febre Amarela e Hepatite B, para impedir a contaminação das crianças e danos futuros. “ As vacinas que não utilizam vírus vivos podem ser ministradas em grávidas sempre no primeiro trimestre de gestação para não comprometer a saúde do feto. E só devem ser aplicadas com o conhecimento do obstetra”, aconselha o ginecologista.
A partir do segundo trimestre de gravidez são aceitas as vacinas contra a gripe, por diminuírem as chances de pneumonia nas mães. Mas sempre com recomendação médica.
A Pneumocócica 23 valente, por exemplo, é indicada para mulheres com doenças crônicas no coração, rins e portadoras de diabetes e doenças imunológicas, pois previne a invasão agressiva de pneumocócicas, protegendo a saúde das grávidas e do bebê.
A vacina contra a hepatite A deve ser aplicada antes da gravidez apenas em mulheres suscetíveis a doença. A injeção errônea da vacina pode causar danos à saúde dos bebês.
Na lista de vacinas que não devem, em hipótese alguma, ser aplicadas nas gestantes estão:
Vacinas contra a rubéola, sarampo, caxumba, HPV, rotavírus, porque contém vírus vivos, capazes de atacar os bebês e prejudicar a formação e desenvolvimento do feto.
A tríplice viral, que previne o sarampo, caxumba e rubéola são terminantemente proibidas para as grávidas porque causam malformação no feto, acarretando em problemas cardíacos e neurológicos, surdez, catarata, glaucoma e outros.
Para finalizar, o ginecologista e obstetra Dr. Domingos Mantelli Borges Filho, reforça a necessidade de um pré-natal de qualidade. “Consulte o seu médico sempre que tiver dúvidas em relação a tratamentos e prevenção de doenças”, finaliza.
Vacinas que podem ser aplicadas:
–Coqueluche
-Toxóide tetânico ou diftérico
-Tríplice bacteriana acelular
-Vacina inativada contra a poliomielite (Salk ou VIP)
-Influenza (Gripe) injetável
-Hepatite B (recombinante)
-Meningite (bivalente B/C)
Dr. Domingos Mantelli, ginecologista e obstetra – autor do livro “Gestação: mitos e verdades sob o olhar do obstetra”. Formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro (UNISA) e residência médica na área de Ginecologia e Obstetrícia pela mesma instituição. Dr. Domingos Mantelli tem pós-graduação em Ultrassonografia Ginecológica e Obstétrica, e em Medicina Legal e Perícias Médicas.
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