Vamos tentar entender a birra, os motivos e buscar uma melhor maneira de lidar com esta reação do nosso filho.
Lendo alguns textos sobre birra, educação de filhos, desenvolvimento infantil, enfim, li um texto na Revista Crescer que fala sobre birras e dicas para entender o motivo da birra e como evitar e abaixo coloco estas dicas, compartilhando com vocês.
Minha filha fará 3 anos e em alguns momentos tem apresentado a tal birra. Confesso que já cedi à birra, depois de muito tentar o contrário, mas já cedi sim … Mas, quem nunca, não é mesmo. O que penso ser importante é realmente observar se está muito recorrente a tal birra, alguma reação agressiva e se for muito recorrente, aí sim, temos que ser mais rigorosos mesmo e manter a nossa posição firme, mas sempre com muito amor e carinho, mostrando o que é o certo e o motivo de não deixar fazer tal coisa ou comer tal comida antes da hora do almoço, etc…
Então, mamães, vamos às dicas por Crescer:
1. Estimular seu filho a colocar os sentimentos para fora:
A primeira delas é auxiliar a criança a verbalizar o que ela está sentindo, como aconselha a psicanalista especializada em desenvolvimento infantil Christine Bruder, do berçário Primetime Child Development (SP): “Se a mãe explicar ao bebê que ele está chorando porque está com raiva ou frustrado, ele vai aprender a conhecer seus sentimentos”. E não ache que está falando em vão. Desde bem pequenas, as crianças entendem o que ouvem, nem que seja apenas pela entonação dos pais.
2. Manter sempre a calma. Importante!
O segundo passo é dar alternativas para que a criança se acalme. Aqui vale de tudo: um passeio no parque, fazer carinho no cachorro ou o bom e velho colo, desde que não seja isso que ele está pedindo. O importante é a mãe ajudar o filho a montar um repertório de soluções para manter a calma e não deixar que o nervosismo tome conta.
3. Conversar!
A terceira tática é sempre conversar antes. Se você vai à casa de um amigo ou ao shopping e sabe que seu filho costuma dar show nessas ocasiões, explique tudo para ele antes. Diga o que vão fazer, aonde vão, que ele precisa ficar ao seu lado ou ajudar nas compras, por exemplo. Na primeira vez, pode não funcionar, e aí você deve lembrá-lo do que conversaram. Fazendo desse combinado uma rotina, nas próximas vezes é bem provável que dê certo.
4. Ensinar a aceitar pequenas frustrações
A quarta dica diz respeito às regras. Uma boa forma de ensiná-las é, de acordo com Christine Bruder, introduzir pequenas frustrações para crianças em torno de 1 ano de idade, como, por exemplo, fazê-la esperar um pouco pela mamadeira, não dar colo sempre que solicitado ou, ainda, fazê-la aprender a esperar terminar uma conversa ao telefone para brincar com os pais. “Frustração faz parte da vida. Se os pais forem introduzindo isso de maneira singela, criam, a longo prazo, uma criança emocionalmente mais forte, que aprende a tolerar, respeitar, a ser mais confiante e mais segura”, explica a psicanalista. Seu filho não vai aprender em uma única vez – você vai precisar conversar, falar e ensinar de novo e de novo – e, claro, mesmo com todas essas técnicas, cada criança tem um tempo para amadurecer.
5. Previnir os motivos que podem causar a birra
Sono, fome, cansaço… Todas essas palavras se encaixam no quinto passo. Isso porque esses sintomas normalmente são gatilhos para uma crise de birra. Se o seu filho costuma ficar mais manhoso nessas situações, tente preveni-las. Não marque uma ida ao mercado, banco, manicure ou à casa de uma amiga justamente nos horários em que a criança está acostumada a comer ou dormir. Mas, se não for possível e a birra acabar acontecendo, seja mais paciente e compreensivo, afinal, até nós, adultos, ficamos mal-humorados se estamos com fome ou sono, não é?
6. Antes do ataque de birra, mudar o foco
A sexta estratégia é para aquele momento imediatamente anterior ao provável chilique, quando você percebe que o perigo está se aproximando. Se vocês estão na loja de brinquedos e seu filho começa a insistir muito que quer um, por exemplo, a melhor coisa é desviar o foco antes que ele comece a bater o pé. Vale chamar a atenção para algo que esteja acontecendo em outro ambiente, oferecer algum alimento do qual ele goste ou até mesmo recorrer à história preferida dele.
7. Dê limites ao seu filho
A sétima, e talvez mais importante missão dos pais na operação antibirra, é o famoso limite. Como escreve a psicóloga Tânia Zagury em seu livro Limite sem Trauma (Ed. Record), “a criança nasce sem qualquer noção de valores, sem saber o que é certo e errado. São os pais que devem paulatinamente mostrar aos filhos o que se pode ou não fazer em sociedade”. Por isso, especialistas concordam que, quando o seu filho dá um chilique daqueles que todo mundo se sente no direito de julgar, das duas, uma: ou os pais cedem com facilidade aos desejos da criança, ou eles ainda não explicaram claramente que a vida é feita de regras. Claro que é muito mais fácil dizer “sim” do que “não”. É muito melhor você ter o rótulo de pai ou mãe mais legal do mundo do que ser chamado de chato. Até por isso, muitos de nós têm dificuldade de definir até onde o filho pode ir. E quando você não deixa claro desde cedo o que é certo e o que é errado, não dá para exigir que seu filho controle as emoções quando tiver um desejo negado – afinal, dificilmente ele entenderá o porquê da proibição.
Então é isso mamães 🙂 E vcs, como lidam com a birra?
Um beijo e até a próxima 🙂
Karin Saavedra do Clube MamãeBox